sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Emiliano Fittipaldi (livro "Avareza") vs. Itália mal/não restaurada


O HERÓI - Emiliano Fittipaldi, Jornalista e Repórter


Há homens que são os senhores, hoje apresento-vos mais um, tomem nota: Emiliano Fittipaldi.


Se há situação que me custa acompanhar são os inúmeros fiéis à religião católica que "andam" atrás da seita apenas para ganharem um lugar no céu ou para mostrarem que são boas pessoas mas, sobretudo o que mais impressão me faz é eles não saberem sobre a sujidade que vai no meio da religião e dos cardeais que fazem parte dela - é aqui que entra Emiliano Fittipaldi.


O jornalista e repórter italiano escreveu o livro "Avareza" que fala sobre os podres da religião católica, os luxos, e afirma por palavras dele: "O meu livro é uma mapa da corrupção do Vaticano. É um estado Rico. Mas todo o dinheiro recolhido fica para os cardeais, em vez de ir para os pobres."


Por motivo de ter escrito este livro, o jornalista teve de sair de Itália por razões de segurança e de "perseguição" e o aspecto mais estranho registado foi que, quando ele esperava ter o apoio do Papa Francisco - pessoa que já se tinha pronunciado sobre a luta e a limpeza que pretende fazer no Vaticano, algo que já tem alguns registos e tem criado polémica e revolta entre os cardeais italianos - reagiu ao lançamento do livro de forma uma pouco estranha, não vendo com bons olhos o seu lançamento, algo que surpreendeu Emiliano. 


A grande conclusão é mesmo essa: o dinheiro não vai para os pobres, pelo menos o do Vaticano.




É dos livros obrigatórios a comprar para quem quer mesmo conhecer o verdadeiro Vaticano.





O VILÃO - O Terramoto em Amatrice

Foi notícia há bem pouco tempo, "Um terramoto de 6,2 na escala de Richter ocorreu na localidade de Amatrice" e que segundo os entendidos alegam - "devia causar poucos ou nenhuns mortos."


PORQUÊ?!

Tinham sido disponibilizadas verbas há pouco tempo para restaurar parte da localidade e com intenção de a preparar para eventuais sismos, mas..."que obras fizeram afinal e para que serviram?"


"As autoridades falam de uma cadeia de erros, omissões e abusos que levaram que as obras programadas não fossem feitas, e que as verbas destinadas a recuperação e reconstrução se evaporassem sem destino conhecido."

Um dos sobreviventes alega mesma: "O dinheiro mal chega desaparece. Comem-no."


"E não só. Houve de tudo. Um funcionário municipal que se esqueceu de enviar a tempo a lista de candidaturas a obras de reforço subsidiadas - e já eram poucas. Uma lei desactualizada que deixava fora dos programas de investimento antisísmico as segundas habitações (70% do edificado de Amatrice)."

"Edifícios públicos que receberam financiamento para serem reforçados, alguns aparentemente foram, mas mal, e caíram na mesma, como a escola básica de Amatrice - onde não havia crianças por ser noite.
Um hospital inteiro caiu deixando a população sem assistência quando era mais necessária.
Uma ponte também recebeu verbas para ser intervencionada - e que ruiu parcialmente e ficou intransitável."


Pagar só para reconstruir
"Após o terramoto de 2009 em Aquila (a cerca de 50KM de Amatrice), recebeu 10 milhões de euros para um programa de reforço sísmico. Só gastou 3 milhões...
(...) Muitos subsídios atribuídos nem sequer foram pagos. E nos últimos 2 anos o programa parou por completo.


A análise do Primeiro Ministro
Matteo Renzi: "é ilusório pensar que podemos controlar tudo" e apontou que "estamos a falar de localidades da era medieval."

Um engenheiro, Armando Zambrano, contesta: "a edificação de estruturas adequadas é facilmente executável" e os "custos não seriam excessivos".
"Em todo o caso, os custos seriam sempre bem mais baixos do que os da reconstrução  - e claro, sem o custo humano."







in revista "Sábado", Setembro 2016

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