domingo, 14 de agosto de 2016

"Felicidade Autêntica" vs. "Incêncios Miméticos"


HERÓI - A FELICIDADE AUTÊNTICA


Há um par de ideias que é importante desmistificar já: o que a mim me faz pode não o que faz feliz o próximo (apesar de haver coisas que nos fazem feliz em comum*) e o problema da felicidade é que muitas vezes nos guiamos pelo "mapa errado" (e depois precisamos do livros de auto ajuda).

E para percebermos isso vamos contar com a ajuda do Psicólogo (que não era para ser psicólogo) Daniel Gilbert.


No fundo, ser FELIZ é fácil.


O no fundo o que é importante reter é que às temos de tomar decisões que parecem erradas mas que no final se revelam acertadas.


Dou-vos 4 exemplos:

Moorese Bickham
Cidadão Negro de Luisiana, EUA, 1958, viu 2 polícias ligados ao Ku Klux Klan atingiram-no com um abala no estômago. Em legítima defesa, Bickham acabou por matar os 2 agentes, sendocondenado até à morte.
Passou mais de 37 anos na prisão, dos quais 14 no corredor da Morte, acham que se arrependeu?
NÃO!



Ronald Wayne
Fazia parte da equipa em que estava Steve Jobs e Steve Wozniak na criação da empresa que todos conhecemos, a Apple. Temendo o seu fracasso vendeu as suas acções por 800 dólares, o que hoje valeriam 62 Biliões de dólares. Arrepende-se? Nunca!



Anthony Weiner
Um político que vivia no auge da sua carreira política, preparando-se para chegar à presidência da dos EUA, viu o poder fugir-lhe entre os dedos. Tudo devido a mulheres.
Obrigado a renunciar á carreira política hoje afirma ser um homem melhor devido a todos estes contratempos.



Pete Best
O primeiro baterista dos Beatles deixou a banda em 1962, pouco antes de se tornar um fenómeno mundial, afirmando que foi a melhor decisão da sua vida.



O nosso cérebro transmite-nos informações erradas sobre o sermos felizes ou não.



*"As quatro atividades que geram mais Felicidade são: o Sexo, fazer Exercício, ouvir Música e Conversar. Desta a mais poderosa é o Sexo."



E já agora se me permitem antecipar, já que devem estar a pensar em...dinheiro - é um equívoco!
É verdade que não há nenhum estudo que diga que o dinheiro não traga felicidade, ele traz.
A questão é que entre ganhar 60.000 euros e 60 Biliões...se ganharmos a primeira quantia já não nos aquece nem arrefece se ganharmos a segunda! (mais uma vez, não vale a pena andar atrás do dinheiro)


O facto curioso é que Gilbert afirma que dificilmente a fórmula: Filhos, Casamento e Dinheiro funciona como a receita para se ser feliz porque na realidade existe uma muito complexa relação entre eles e a felicidade.





VILÃO - OS INCÊNDIOS FLORESTAIS

A cada Verão que se avizinha temos todos a mesma preocupação e não é o calor: são os incêndios florestais.

Mas o problema é complexo e a questão não é só o "tratamento" das zonas onde existe enorme área florestal, onde tem havido uma crescente preocupação mas ainda longe do que seria ideal.
Está relacionado com vários aspectos.


Primeiro, "preparar" o terreno, garantir a limpeza das áreas florestais e preparar os "caminhos" para se conseguir chegar a toda a área. Já houve fogos este ano em que teve de ser interrompido o combate pelo motivo de caminho inacessível.

Segundo, a vigilância das áreas pode ser um aspecto importante e aí entre a protecção civil em acção.

Depois temos um problema social (e psicológico): as pessoas normalmente que cometem este tipo de delitos são casos reincidentes - já o fizeram mais vezes - e são os "casos sociais": ou vivem sozinhos, ou têm problemas com álcool ou droga, ou não trabalham, ou cresceram sem a família mãe ou vivem com a família adoptiva mas não se dão, etc...

Pior também é a justiça - não há medidas que sejam tomadas que evitem que estas pessoas voltem a cometer tais atrocidades e este tipo de crime não é punido de forma eficaz.
Em alguns casos custa a acreditar mas até os soltam após terem sido detidos.
Não é considerado um crime mais que suficiente?

E depois, já diziam os brasileiros...é um negócio - há quem refira que alguém está a ganhar dinheiro com os fogos, ou que seja pelos aviões, ou pela madeira ou lá o que é....a verdade é que "não se devia estar a brincar com o fogo" por quais razões que sejam...

Há pessoas a ficar sem casas, sem nada...e locais a ficar sem floresta, um bem mais que essencial.








segunda-feira, 8 de agosto de 2016

As "famílias" nos JO vs. Medicamentos sem aprovação

HERÓI - "Familiares" que competem nos Jogos Olimpícos





Se os Jogos Olímpicos são dos eventos mais aguardados da época na história do desporto também é por outras boas razões que podemos ver os atletas competir.

Trata-se do caso de Leila, Liina e Lily, as três atletas da Estónia, irão competir entre elas de forma saudável claro, para terem um lugar no pódia na modalidade Maratona nos Jogos Olímpicos deste ano, a decorrer no Brasil.




E não ficamos por aqui, temos outro simpático exemplo de um momento familiar nos JO deste ano: mãe e filho, provenientes da Geórgia, vão participar em conjunto na modalidade de tiro.




Se antes não faltavam momento para reunir a família, agora muito menos.



VILÃO- Existem 26 medicamentos para o cancro à espera de comparticipação do estado






"Enquanto o Infarmed e as farmacias não chegam a acordo sobre os preços, os hospitais tem de pedir autorizaçao e depois pagar no integra os valores pedidos pelos laboratorios."


Existem cerca de 26 fármacos à espera de aprovaçãopara fazer parte do tratamento eficaz de utentes que sofrem de cancro!


"Muitas vezes quando a autorização chega já não interessa.
O periodo que o doente oia beneficiar já passou.
Os doentes podiam ter tido um tempo de sobrevivencia maior e com qualidade de vida."


Para além dos medicamentos para o cancro tb aguardam comparticipação os medicamentos para diabetes, esclerose multipla, doença de Crohn e novos medicamentos para a Hepatite C.

No global há 55 medicamentos inovadores à espera de aprovação e a área de oncologia representa metade das novas moléculas.


"Um dos casos é o da abiraterona, um medicamento para o cancro da próstata onde comparticipado em 19 países europeus. Em Portugal ainda sem negociação com o estado concluida, custa, por mes, mais de 3.000 euros por doente e agora vai ser comparticipado mas apenas para os doentes que já fizeram quimioterapia."


"A questão não é só haver fumo branco: os acordos entre estado/farmaceuticas não só implica que sejam adquiridos os medicamentos mais baixos que também os laboratorios assumam uma "partilha de risco", ou seja, parte do encargo quando so doentes não reagem á medicação ou quando necessitam de a tomar mais tempo."



Outro fato preocupante:
"Em Portugal não há um estudo sobre as instituições que tem os tratamentos com os melhores resultados."


Nota: O Infarmed define o prazo máximo de avaliação de 75 dias, a questão que o processo é muitas interrompido por pedidos de esclarecimento, adição de informação, etc...



in jornal "i", Agosto, 2016